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Os itens 1 e 2 apresentam ao leitor os personagens, enquanto o 9 prepara-o para o desfecho da histria. UFSE-PSSOs vizinhos chegavam s janelas, vozeando furiosos.

DEVAGAR DEVAGAR CARL HONORE DEVAGAR Traduo de CLVIS MARQUES EDITORA RECORD RIO DE JANEIRO SO PAULO 2005 CIP-Brasil. Catalogao-na-fonte Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ. Honor, Carl H748d Devagar /; traduo de Clvis Marques. Rio de Janeiro: Record, 2005. Traduo de: In praise of Slow ISBN 0-9 1.

Tempo - Administrao. Qualidade de vida. Ttulo, 05-1399 CDD - 304.23 CDU - 316.752 Ttulo original em ingls: IN PRAISE OF SLOW Copyright 2004 Publicado originalmente por Alfred A.

Knopf Canada Todos os direitos reservados. Proibida a reproduo, armazenamento ou transmisso de p artes deste livro atravs de quaisquer meios, sem prvia autorizao por escrito. Proibi da a venda desta edio em Portugal e resto da Europa. Direitos exclusivos de publicao em lngua portuguesa para o Brasil adquiridos pela DISTRIBUIDORA RECORD DE SERVIOS DE IMPRENSA S.A. Rua Argentina 171 - Rio de Janei ro, RJ - 20921-380 - Tel.: 2585-2000 que se reserva a propriedade literria desta traduo Impresso no Brasil ISBN 0-9 PEDIDOS PELO REEMBOLSO POSTAL Caixa Postal 23. 052 Rio de Janeiro, R J - 20922-970 EDITORA AFILIADA Para Miranda, Benjamin e Susannah SUMRIO INTRODUO: A era da fria 11 UM: Faa tudo mais depressa 31 DOIS: Devagar est com tudo 51 TRS: Comida: virando a mesa da velocidade 69 QUATRO: 103 CINCO: 141 SEIS: 171 SETE: 191 OITO: 213 NOVE: 247 DEZ: 279 CONCLUSO: Encontrar o tempo justo 307 Notas 319 Fontes de consulta 329 Agradecimentos 335 ndice 337 A vida no se limita a ir cada vez mais rpido. GANDHIINTRODUO A ERA DA FRIA As pessoas nascem e se casam, vivem e morrem num tumulto to frentico que ficamos pensando que podem enlouquecer.

WILLIAM DEAN HOWELLS, 1907 NUMA TARDE ENSOLARADA DO VERO DE 1985, MINHA perambulao adolescente pela Europa int errompida por uma parada imprevista numa praa nas proximidades de Roma. O nibus de volta para a cidade est vinte minutos atrasado e no d sinais de aparecer. Mas no me sinto incomodado com o atraso.

Em vez de ficar andando para baixo e para cima n a calada ou de telefonar empresa de transportes para reclamar, lano mo do meu walkm an, deito-me num banco e ouo Simon e Garfunkel cantarem as alegrias que encontram os ao diminuir a velocidade e saborear o momento. Cada detalhe daquela cena fico u gravado na minha memria: dois garotinhos jogando bola em volta de uma fonte med ieval; os ramos de uma rvore acariciando o alto de um muro de pedra; uma velha viv a levando legumes para casa numa bolsa de rede. Mude de canal rapidamente para quinze anos depois, e tudo diferente.

Estamos no movimentado aeroporto 11 Fiumicino, em Roma, e sou um correspondente estrangeiro apressado para pegar um vo de volta a Londres. Em vez de ficar contando as pedras do piso e me deixar lev ar, atravesso s pressas o saguo, amaldioando com meus botes qualquer um que atravess e o meu caminho em ritmo mais lento. Em vez de ouvir msica folk num walkman barat o, estou flando no celular com um editor que est a milhares de quilometros de distn cia. No porto de embarque, entro numa longa fila, na qual nada mais h a fazer seno. S que j no sou capaz de no fazer nada.

Para tornar a espera mais produtiva, para fazer com que no parea tanto uma espera, comeo a passar os olhos num jornal. E de repente dou com um artigo que acabaria me inspirando a escrever um livro s obre a necessidade de ir mais devagar. O ttulo que me faz parar o seguinte: A histria para fazer dormir em um minuto. Para ajudar os pais a enfrentar a gurizada que consome tempo demais, vrios autores con densaram contos de fada clssicos em verses de sessenta segundos. Como se Hans Chri stian Andersen fosse passado no crivo de uma agenda eletrnica. Minha primeira reao foi gritar Eureca! Na poca, eu estava num constante cabo de-guerra noturno com me u filho de dois anos, que gosta de longas histrias lidas com calma e muitos rodei os.